O povoado hoje conhecido como Melancia pertence ao Município de Nova Soure e está localizado no Norte da Bahia a 240 Km de Salvador. Teve seu surgimento no inicio do século XX (1915) e possuía como vegetação predominante a Caatinga. Estas terras alem de não possuírem nenhuma divisão,sem limites, os seus donos que eram Poceiros também não possuíam documento ou escritura que legitimasse o Direito de Posse. Os Poceiros que se diziam donos desta área eram: Totonho Moreira, Romão Moreira, Severo Moreira e Manuel Pereira. Por causa destas Terras houve uma disputa pela posse da terra entre o fazendeiro Chico Dantas e os Poceiros citados antes, porém no desenrolar da questão o fazendeiro foi derrotado.

Por não possuir divisas esta área era comumente pasto para o rebanho gado, ovelha, cabra etc. de todos os fazendeiros. Esta região era freqüentada constantemente apenas pelos vaqueiros dos fazendeiros com o objetivo de controlar e cuidar do rebanho do seu patrão. No período de seca alem da freqüência dos vaqueiros se tornarem diárias a vegetação se torna mais vulnerável à queimada, foi o que acabara de acontecer por descuido de um vaqueiro. A área atingida pela queimada era considerada pequena em relação à área total, o que não ficou bem claro foi como o fogo não tomou proporções maiores.

Depois do período de estiagem vieram as trovoadas que iria proporcionar a refloração da Caatinga e o retorno da vida da vegetação na extensão devastada pelo fogo. A vegetação que a chuva fez brotar em toda extensão atingida pela queimada foi à fruta Melancia, em função disto esta região ficou conhecida como Baixa da Melancia o que mais tarde daria nome de Melancia ao povoado que ali iria surgir.

Por se mostrar terra fértil e de grande índice Pluviométrico (Onde em se plantando tudo da) a região despertou interesse das pessoas para habita-la, onde os primeiros habitantes foram meus bisavôs Jonas Lino de Oliveira e Miguedone Moreira Carvalho. Miguedone Moreira deixara Biritinga e se mudara para cá, enquanto Jonas Lino vinhera de um povoado próximo chamado Monte Alegre. A partir destes dois percussores várias outras famílias se deslocaram para cá, como Os Nunes,  Os Pucenas, Os Moreiras, Os Gaviões, Os Luis, Os Borges,     Os Lino etc.

Mas a região conhecida como Baixa da Melancia só iria ganhar ares de povoado e possuir intensa povoação graças aos filhos, netos dos Colonizadores, e outras famílias que se deslocaram para cá com o objetivo de se fixar a terra. Em 1928 surgirá a 1ª casa do povoado que foi a de Antonio Nunes.

Destacou-se no desenvolvimento da região: Jonas Lino ainda vivo com 91 anos, Manoel de Santinha, Antero, Chico Borges, Antonio de Miguedone, Chico Lino, Eliseu Lino, Tonhé, Zezinho de Miguedone, Caboclo Bernadino, Chico Barriga, Martin Suvia, João Nanbu e todos que aqui chegaram etc.